Revista Veja
Algodão impermeável, carregador ecológico e despoluidor de água estão entre as novidades que seus criadores sonham em popularizar
Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
A exposição Suécia Inovadora reúne 20 inovações sustentáveis, no CCBB do Rio de Janeiro (Divulgação)
Com uma população menor do que a da cidade de São Paulo, a Suécia é o país de origem de vários produtos hoje incorporados ao cotidiano das pessoas no mundo inteiro. A nacionalidade sueca é um traço comum entre invenções diversas, como o zíper, o fósforo, o celular (o primeiro modelo foi desenvolvido pela Ericsson, em 1956) e também o Bluetooth. Com toda essa tradição, o país escandinavo estreou nesta terça-feira a 'Exposição Suécia Inovadora', no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro. A mostra, que vai até 8 de julho e tem como foco o desenvolvimento sustentável, é um dos eventos preparatórios para a Rio+20 e integra a Semana da Inovação Brasil-Suécia.
A exposição apresenta 20 soluções inovadoras, dispostas em estandes cilíndricos, criadas por empresas suecas para enfrentar problemas do dia a dia. Uma das mais surpreendentes é o sistema Solvatten, um recipiente portátil que transforma água suja em potável com o uso da energia solar. O produto já tem sido testado na África.
Entre as curiosidades da mostra, também está a tecnologia OrganoClick, capaz de criar um algodão à prova de água, através da simulação de processos químicos que ocorrem na própria natureza. Na prática, o material pode dar origem a tecidos e roupas resistentes à chuva, por exemplo. A empresa que detém a patente da novidade também promete madeira à prova de fogo e sacolas de papel que não rasgam ao ficarem úmidas.
Outra atração é o carregador de celular ecológico, da Powertrekk. O equipamento é levado à tomada uma vez e, depois, precisa apenas de água para transformar hidrogênio em energia elétrica para alimentar celulares, luminárias e lanternas, tudo via USB.
"Acho importante ver como os três pilares da sociedade - o governo, as empresas e a academia - podem trabalhar juntos para ter um impacto real na vida das pessoas, porque, às vezes, é difícil entender como esses encontros da ONU afetam o nosso dia a dia", explica Pierre Liljefeldt, oficial da Embaixada da Suécia no Brasil."
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