Com a situação da pandemia e todos os seus desdobramentos, em especial nas medidas de prevenção que evitam grande aglomeração de pessoas; os projetos sociais e ongs tiveram suas atividades suspensas.
Para dar continuidade aos serviços ofertados e movimentação das causas sociais, cada projeto tem buscado fomas de apoiar seus beneficiários neste momento peculiar. Inúmeras são as iniciativas de distribuição de cestas básicas, kits de higienização, aulas disponibilizadas online, canais de capacitação para treinamento no terceiro setor, editais de financiamento de projetos para atenuar os efeitos covid 19; e o que falar das milhares de lives propagando o bem social.
Tudo isto confirma que o movimento de solidariedade no Brasil tem se fortalecido a cada dia. De forma planejada, tangendo às demandas corretas, cooperando com as políticas públicas vigentes, compreendendo os serviços como direitos e não benesse. Isto é mais que moda ou tendência, representa o alargamento do seguimento da Rede de Proteção Social. Significa mais pessoas propagando e trabalhando pela transformação social do nosso país, De forma séria e compromissada!
A Política de Assistência no Brasil
Historicamente os serviços sociais no Brasil tiveram seu marco por iniciativas de organizações sociais filantrópicas, em especiais às religiosas (casas de caridade). Com o passar do tempo e com a academização das profissões sociais, estes serviços foram aos poucos, através do embasamento de teorias, sendo entendidos com o direitos sociais e responsabilidade do poder público. Este momento foi significativo, contudo limitador em certo aspecto. Importante pelo fatos das políticas estruturais como saúde e assistência terem continuidade e maior abrangência no alcance dos beneficiários. Restritivo, porque com a estatização dos serviços, não se estabeleceu uma cultura de fomento da participação da sociedade civil nas causas sociais, neste período. Uma vez que o social se tornou "coisa pública", a leitura e o discurso do senso comum era responsabilizar o Estado pelas demandas sociais.
Nos anos 90 com a promulgação da Lei Orgânica da Assistência (LOAS), a política de assistência teve sua sistematização e descentralização com o Sistema Único de Assistência (SUAS). A partir deste marco, o Centro de Referência da Assistência (CRAS) se tornou a porta de entrada para o beneficiários, no sentido de participarem de acompanhamento familiar e serviços de convivência e fortalecimento de vínculo (SCFV).
Representação do trabalho de Caridade |
Estatização do trabalho social - Fundação Casa São Paulo |